sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

LULA abraça as lavadeiras


Além dos agraciados e das celebridades presentes (atores, cineastas, cantores, pintores, músicos, produtores culturais, políticos, jornalistas...) a grande atração da noite foi o Presidente Lula. Em emocionado discurso, ele saudou os homenageados e sancionou o Plano Nacional de Cultura (PNC), cujas diretrizes, objetivos e estratégias terão validade pelos próximos dez anos. Recebeu calorosos aplausos de todos os presentes.

Finda a cerimônia, ainda no palco, o Presidente posou ao lado de todos os homenageados, sendo que dedicou uma atenção especial aos integrantes do Coral. Pacientemente, ele abraçou e beijou cada lavadeira, recebeu afagos e recados ao pé do ouvido e demonstrou vivo interesse por Almenara, cidade que visitou durante suas primeiras campanhas à presidência.

Após a meia-noite, a confraternização continuou na Villa Riso, onde o Ministério da Cultura ofereceu um jantar aos agraciados e convidados. Mais uma vez, as lavadeiras atraíram as atenções dos presentes. Viraram celebridades.

Para Carlos Farias, regente e coordenador do coral, “o valor simbólico dessa medalha é imensurável e queremos dividir a alegria deste momento com todo o povo brasileiro, especialmente do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, onde a cultura popular se transformou em verdadeiro veículo de inclusão para milhares de pessoas.

Para Adélia Barbosa, que recebeu a medalha em nome do grupo, “essa viagem e esse prêmio foram a realização de um sonho. Não temos palavras para agradecer tanto carinho. Esperamos que as portas continuem se abrindo e o nosso coral possa encontrar apoiadores para os novos projetos.”

Coral das Lavadeiras e Carlos Farias recebem medalha da OMC


As lavadeiras de Almenara e o compositor Carlos Farias, regente do coral, foram recebidos com todas as honras no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, na noite de quinta-feira, 02 de dezembro, onde participaram da 16ª edição da entrega de insígnias da Ordem do Mérito Cultural, na condição de agraciados.
De acordo com o Ministro Juca Ferreira “foram escolhidas pessoas que exprimem a nossa tradição, a nossa vanguarda, as diferentes correntes de criação cultural e artística do nosso povo. Uma parte de um todo rico e generoso. Pessoas que enfrentaram a repressão política e pessoas que enfrentaram o anonimato e o preconceito. Atores e líderes comunitários; religiosos e dançarinos; humoristas e diplomatas; escritores e artistas plásticos... Pessoas que, a exemplo de Darcy Ribeiro, o grande homenageado, recriam, inventam e refletem sobre a nação que somos e a que queremos ser.”

domingo, 23 de maio de 2010

Carlos Farias e Lavadeiras no Conexão


O cantor/compositor Carlos Farias e as Lavadeiras de Almenara participaram do Conexão Vivo, um dos mais importantes festivais de música do país, realizando apresentações memoráveis em Belo Horizonte (25 de abril), Ouro Preto (30 de abril) e Juiz de Fora (07 de maio). Na capital de todos os mineiros o grupo se apresentou na Praça da Liberdade, tendo como convidado especial o extraordinário Saulo Laranjeira. Ele dividiu os vocais com Carlos Farias e as lavadeiras nas canções “Beira mar da Vigia”, “Fruto do Norte”, “Cálix Bento” e ainda brindou a platéia com os personagens Veia Messina e José da Silva Pereira.

Na antiga Vila Rica e em Juiz de Fora o convidado especial foi o violeiro Chico Lobo. Ele também contribuiu para o enriquecimento da performance do grupo, com a sua música e simpatia. Além do espetáculo musical (ao som de violões, sopros e percussões), as Lavadeiras e Carlos Farias realizaram a palestra/oficina “conversa de lavadeira” nas três cidades, integrando o público em ações que valorizam a cultura brasileira, a cidadania e a responsabilidade sócio ambiental. O projeto contou com o patrocínio da Vivo, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

A arte das lavadeiras vira exemplo para artistas e pesquisadores

Fundado em 1991, por sugestão do então prefeito Roberto Martins Magno, o Coral das Lavadeiras de Almenara encontrou no cantor e pesquisador cultural Carlos Farias o estímulo e a parceria necessária para se transformar em um dos mais importantes grupos de cultura popular do Brasil. Juntos já se apresentaram em Portugal (2002), Espanha (Expo Zaragoza 2008) e em várias cidades brasileiras, cantando um repertório de canções de domínio público recolhidas nos Vales do Jequitinhonha e Mucuri: batuques, sambas de roda, modinhas, rezas e toadas. São cânticos de trabalho, lúdicos e de louvação, revelando influências africanas, indígenas e portuguesas. Suas histórias de vida comovem e estimulam platéias de todas as idades.

Segundo Carlos Farias, a vida e a arte das lavadeiras se transformaram em objeto de estudo para estudantes, professores e artistas de todo o Brasil, além de influenciar e colaborar para o surgimento de outras manifestações semelhantes em outras regiões do país. Além da dissertação da professora Sâmara de Atayde, publicada na UERJ em 2008, na qual compara a música das lavadeiras com as cantigas de amigo galaico-portuguesas da Idade Média, outras dissertações e monografias já foram concluídas ou estão em curso, enfocando diferentes aspectos desse trabalho. Para a professora Nilza Maria Pacheco Borges, da Universidade Federal de São João Del Rey, que também está concluindo o seu mestrado com uma dissertação sobre a música das lavadeiras de Almenara, “trata-se de um grupo de referência educacional, que merece ser considerado e inserido nas universidades e nas escolas em geral, como exemplo de inclusão social e cidadania”.

O futuro do grupo: em busca de sustentabilidade

Ainda segundo Carlos, quando iniciou esse trabalho, em 1991, não imaginava que houvesse tamanha repercussão. Entretanto, com a globalização e o advento da internet, houve uma crescente valorização da cultura em todo o mundo. Ela passou a ser vista como ferramenta estratégica para a inclusão e a geração de renda, dialogando diretamente com as outras áreas. No Brasil, essa mudança de paradigma resultou no surgimento do marketing cultural, das leis de incentivo e na proposição de um Plano Nacional de Cultura, por parte do atual governo, no qual a cultura é vista na sua dimensão simbólica, econômica e cidadã. Nesse contexto, o seu trabalho artístico com as lavadeiras ganhou visibilidade. Juntos gravaram os antológicos Cd-livros “Batukim Brasileiro” e “Aqua” e agora buscam parceria para a gravação de um terceiro volume contendo outras canções de domínio público, ainda inéditas em disco.

“A nossa luta é pela sustentabilidade. As leis de incentivo são um forte aliado, porém nem sempre é possível captar recursos para os projetos. Entretanto, a nossa responsabilidade cresce a cada ano. Uma de nossas grandes alegrias foi o surgimento do coral infantil “Lavadeirinhas de Almenara”, formado por netas e bisnetas das lavadeiras, uma beleza, que precisa ser apoiado pela comunidade almenarense. Acho que ninguém fez mais pela cidade do que essas mulheres. Elas colocaram Almenara no cenário artístico brasileiro e mundial. Merecem carinho, respeito e reconhecimento”, conclui.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Carlos Farias e Lavadeiras de Almenara


As Lavadeiras de Almenara formam um dos mais importantes grupos de cultura popular do Brasil. Fundado em 1991, a partir de um trabalho de pesquisa do cantor e compositor Carlos Farias, o coral já em Portugal (2002), Espanha (Expo Zaragoza 2008) e em várias cidades brasileiras, cantando um repertório de canções de domínio público recolhidas nos Vales do Jequitinhonha e Mucuri: batuques, sambas de roda, modinhas, rezas e toadas. São cânticos de trabalho, lúdicos e de louvação, revelando influências africanas, indígenas e portuguesas. Suas histórias de vida comovem e estimulam platéias de todas as idades.

Além do espetáculo musical “lavando a alma” (ao som de violões, sopros e percussões), as Lavadeiras e Carlos Farias realizarão a palestra/oficina “conversa de lavadeira” e a cerimônia ecológica de “bênção das águas”, integrando o público em ações que valorizam a cultura brasileira, a cidadania e a responsabilidade sócio ambiental.

As participações especiais de Saulo Laranjeira (no show em BH) e de Chico Lobo (em Ouro Preto e Juiz de Fora) enriquecerão ainda mais o projeto. O primeiro é “um mago da emoção e do riso, um dos maiores intérpretes da nossa brasilidade”. O segundo é um dos mais ativos e efetivos violeiros do cenário nacional, ocupando posição de vanguarda na preservação dos costumes populares.

Formação da banda: Carlos Farias (voz, violão e regência), Sanráh (violão solo), Ivan Virgílio (sopros), Davi Lannes (baixo), Aender Reis e Gladson Braga (percussões). Direção artística: Beatriz Farias Marques.

Outras informações:
55 31 3476-3579 / 9943-3414 / 8743-2282 – epovaleeventos@yahoo.com.br
http://www.coraldaslavadeiras.com.br

sábado, 27 de março de 2010

Terminei o namoro!

Ah, terminei o namoro!!!!

Sempre acho que namoro, casamento, romance tem começo, meio e fim. Como tudo na vida. Detesto quando escuto aquela conversa:

'Ah, terminei o namoro...'
'Nossa,quanto tempo?'
'Seis anos... Mas não deu certo...acabou'
É não deu...'

Claro que deu! Deu certo durante seis anos, só que acabou. E o bom da vida, é que você pode ter vários amores. Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam. Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro? E não temos esta coisa completa.

Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama. Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel. Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador. Às vezes ela é malhada, mas não é sensível. Tudo nós não temos. Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele.

Pele é um bicho traiçoeiro. MAS quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia! E as vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona... Acho que o beijo é importante...e se o beijo bate...se joga...senão bate...mais um Martini, por favor...e vá dar uma volta.

Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra. O outro tem o direito de não te querer. MAS tem o DEVER de te avisar. Não lute, não ligue, não dê pití. Se a pessoa tá com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não. Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.

O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta... Nada de drama. Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, dinheiro, recessão de família? O legal é alguém que está com você por você. E vice versa.

Não fique com alguém por dó também. Ou por medo da solidão. Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado. E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.

Tem gente que pula de um romance para o outro. Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia? Gostar dói. Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração. Faz parte. Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro universo. E nem sempre as coisas saem como você quer...

A pior coisa é gente que tem medo de se envolver. Se alguém vier com este papo, CORRA, afinal, você não é terapeuta. Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível. Na vida e no amor, não temos garantias. E nem todo sexo bom é para namorar. Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar. Nem todo beijo é para romancear. Nem todo sexo bom é para descartar. Ou se apaixonar. Ou se culpar.

Enfim...quem disse que ser adulto é fácil?

Arnaldo Jabor

Uma declaração de amor


"Desde que chegaste foi como se fosse para sempre"


Amo-te quanto em largo, alto e profundo
Minhalma alcança quando, transportada,
Sente, alongando os olhos deste mundo,
Os fins do Ser, a Graça entressonhada.


Amo-te em cada dia, hora e segundo:
À luz do Sol, na noite sossegada.
E é tão pura a paixão de que me inundo
Quanto o pudor dos que não pedem nada.

Amo-te com o doer das velhas penas;
Com sorrisos, com lágrimas de prece,
E a fé da minha infância, ingênua e forte.

Amo-te até nas coisas mais pequenas.
Por toda a vida. E, assim Deus o quiser,
Ainda mais te amarei depois da morte.

Elizabeth Barret Browning

(Tradução de Manuel Bandeira)

O Poder do Mercado Cultural

O reconhecimento da cultura como atividade econômica é muito recente. Até o início do século 20 a tratávamos apenas como patrimônio simbólico. Tanto nos estudos antropológicos quanto nos sociológicos, aprendemos a enxergá-la como coisa dada, o que está impresso em nossos códigos de convivência e consolidamos como civilização.

Arrisco-me a explorar uma outra dimensão que a cultura pode assumir a partir de uma visão mais ampla e contemporânea deste conceito. Refiro-me às dinâmicas de sociabilidade, às tecnologias de convivência, ao diálogo, às conversações em redes. Sistemas de intercâmbio e interrelação reforçados pelo surgimento das novas tecnologias, mas não exclusivos aos territórios virtuais.

Imaginar e expressar o futuro. Pensar cultura como um farol voltado para as novas formas de expressão e convivência que podemos construir a partir do conhecimento disponível. A ética como princípio norteador. A consolidação da economia como ciência dominante em nosso tempo fez com que lhe subordinássemos todas as outras formas de manifestação humana como fenômenos derivativos, seguindo uma lógica e uma codificação próprias. E com a cultura não foi diferente.

E daí vem a tentação de transformar ricas manifestações culturais em commodities baratas, manuseadas de maneira rasteira e linear por profissionais reprodutores de um conjunto de regras e tecnologias que só interessam à manutenção de um perverso sistema de poder, que se sustenta sobretudo pelo domínio dos meios de produção e distribuição de conteúdos culturais.

Mas o que é a economia senão um fenômeno cultural? O que são o dinheiro, o market share, a pontuação da bolsa de valores, senão valores simbólicos desprovidos de sentido fora de um conjunto de códigos rigorosos chamado “mercado”. Mergulhados nesse contexto, corremos o risco de perder a capacidade de desvendá-los e tornamo-nos apenas agentes de manutenção e disseminação de um sistema de valores linear, unilateral e desumano.

Nessa condição, o consumo consolida-se como a forma de expressão mais forte e presente, sobretudo nos grandes centros urbanos. A própria arte passa a ser ressignificada e vista como meio de produção e objeto de consumo. Corre, assim, o risco de perder a condição e a capacidade de revelar e traduzir a alma humana, suas contradições e riscos. De sua condição única e insubstituível de dar forma à utopia, passa a mera reprodutora de um sistema que o incapacita para o exercício desse olhar mais agudo e sensível.

O Brasil vivenciou na última década um grande salto quantitativo e qualitativo nas relações de trabalho na área cultural. Cultura, como atividade econômica, saiu do confinamento, ultrapassou fronteiras, mas ainda mantém vícios e dependências de uma atividade ligada aos poderes político e econômico.

O país entrou de forma definitiva no cardápio do entretenimento global. Um dos principais mercados das chamadas majors do cinema e da indústria fonográfica, o país vivencia a efervescência de uma nova Broadway tupiniquim, que já demonstra sinais de vitalidade. Do ponto de vista da exportação das artes e da cultura local, o momento atual nunca foi tão profícuo. Desde Paulo Coelho, um dos autores mais lidos da atualidade, até o futebol e a música, o Brasil nunca esteve tão em voga no cenário global.

O gestor cultural precisa estar atendo para valer-se dessas oportunidades. Participar ativamente do mercado da cultura sem estar a ele subordinado é uma das questões éticas mais difíceis ligadas ao cotidiano do gestor cultural. Por isso a necessidade de investir em um conjunto de ferramentas adequadas para lidar com a administração e o marketing, por exemplo, mas não sem fazer uma incursão mais profunda na questão ética.

Não há nada que influencie mais a conformação de um produto cultural do que o seu sistema de financiamento. Presume-se, por exemplo, que um filme distribuído por uma major norte-americana teve menos liberdade artística do que um filme independente. Este, por sua vez, terá mais dificuldades de conquistar público, justamente porque as salas comerciais pertencem às grandes distribuidoras. Um bom gestor cultural precisa saber manejar essas variáveis, que são inúmeras e complexas, a ponto de arquitetar novas dinâmicas que invertam a lógica do domínio e o aprisionamento da criação pelo capital.

Atuar na atividade cultural é algo que exige conhecimento genérico e específico, ao mesmo tempo. Saber balancear uma formação humanística ampla e consistente, capaz de apreender e decodificar nuanças, especificidades e contextos, necessários para compreender melhor a teia de relações e interesses onde está inserido, em especial os políticos e econômicos, com o conhecimento técnico, que o habilite e dialogar com todas as instâncias da sociedade.

É preciso buscar meios de destrinchar conceitos ligados ao manejo da questão simbólica e apresentar cenários capazes de representar realidades complexas e diversas, em detrimento das cartilhas de formação técnica e linear.

A atividade cultural exige agentes preparados e dispostos a pensar e atuar com base em novas possibilidades, mais complexas, múltiplas e coerentes com as questões colocadas pela sociedade contemporânea. Capazes de pensar uma nova agenda política para lidar com os desafios do mundo atual, articular setores governamentais, sociedade e mercado para atuarem alinhados em torno dessa agenda, além de desvendar a cultura como ponto de partida, como meio de construção dessa agenda e como eixo central dos novos paradigmas de desenvolvimento.

O segredo para sair da linearidade do mercado, talvez esteja no exercício de uma abordagem multidimensional para a atividade cultural. Ao implementar um processo de natureza cultural, o gestor deve estar apto a lidar com inúmeras vertentes que, juntas, conferem ao processo a riqueza necessária para desviar-se dessas armadilhas.

Qualquer atividade cultural, do Cirque du Soleil ao maracatu rural de Pernambuco, é parte integrante deste “conjunto distintivo de atributos materiais, espirituais e afetivos que caracterizam uma sociedade ou grupo” definido pela UNESCO. Cuidar dessa dimensão é essencial para que não perca sentido dentro do próprio contexto social onde foi gerada.

Cuidar da dimensão econômica, por exemplo, já exige um outro olhar, mais voltado para os processos de produção, distribuição, troca, uso ou consumo dos bens simbólicos.Que pode ser complementado com um conjunto de instrumentos de apropriação desses bens.

Essa dimensão é complementar ao desenvolvimento artístico, à pesquisa de linguagem e à proposta estética que a atividade propõe. Que por sua vez não está desvinculada de valores éticos e morais, tampouco à sua dimensão cidadã. É preciso, sobretudo, entender esse ambiente da economia da cultura como algo em pleno processo de transformação e desenvolvimento.

Um mercado promissor, mas ainda incipiente, o que exige uma intensa articulação entre os membros dessa cadeia produtiva para a conquista de um olhar mais apurado da sociedade em relação à sua importância estratégica.

* trecho do livro O Poder da Cultura.

http://www.culturaemercado.com.br/ideias/o-

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

HIDROPIRATARIA NO RIO AMAZONAS


05/02/2010 - 01h02
Navios-tanque traficam água de rios da Amazônia
Por Chico Araújo, da Agência Amazônia

BRASÍLIA – É assustador o tráfico de água doce no Brasil. A denúncia está na revista jurídica Consulex 310, de dezembro do ano passado, num texto sobre a Organização Mundial do Comércio (OMC) e o mercado internacional de água. A revista denuncia: “Navios-tanque estão retirando sorrateiramente água do Rio Amazonas”. Empresas internacionais até já criarem novas tecnologias para a captação da água. Uma delas, a Nordic Water Supply Co., empresa da Noruega, já firmou contrato de exportação de água com essa técnica para a Grécia, Oriente Médio, Madeira e Caribe.

Conforme a revista, a captação geralmente é feito no ponto que o rio deságua no Oceano Atlântico. Estima-se que cada embarcação seja abastecida com 250 milhões de litros de água doce, para engarrafamento na Europa e Oriente Médio. Diz a revista ser grande o interesse pela água farta do Brasil, considerando que é mais barato tratar águas usurpadas (US$ 0,80 o metro cúbico) do que realizar a dessalinização das águas oceânicas (US$ 1,50).

Há trás anos, a Agência Amazônia também denunciou a prática nefasta. Até agora, ao que se sabe nada de concreto foi feito para coibir o crime batizado de hidropirataria. Para a revista Consulex, “essa prática ilegal, no então, não pode ser negligenciada pelas autoridades brasileiras, tendo em vida que são considerados bens da União os lagos, os rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seus domínio (CF, art. 20, III).

Outro dispositivo, a Lei nº 9.984, de 17 de julho de 2000, atribui à Agência Nacional de Águas (ANA), entre outros órgãos federais, a fiscalização dos recursos hídricos de domínio da União. A lei ainda prevê os mecanismos de outorga de utilização desse direito. Assinado pela advogada Ilma de Camargos Pereira Barcellos, o artigo ainda destaca que a água é um bem ambiental de uso comum da humanidade. “É recurso vital. Dela depende a vida no planeta. Por isso mesmo impõe-se salvaguardar os recursos hídricos do País de interesses econômicos ou políticos internacionais”, defende a autora.

Segundo Ilma Barcellos, o transporte internacional de água já é realizado através de grandes petroleiros. Eles saem de seu país de origem carregados de petróleo e retornam com água. Por exemplo, os navios-tanque partem do Alaska, Estados Unidos – primeira jurisdição a permitir a exportação de água – com destino à China e ao Oriente Médio carregando milhões de litros de água.

Nesse comércio, até uma nova tecnologia já foi introduzida no transporte transatlântico de água: as bolsas de água. A técnica já é utilizada no Reino Unido, Noruega ou Califórnia. O tamanho dessas bolsas excede ao de muitos navios juntos, destaca a revista Consulex. “Sua capacidade [a dos navios] é muito superior à dos superpetroleiros”. Ainda de acordo com a revista, as bolsas podem ser projetadas de acordo com necessidade e a quantidade de água e puxadas por embarcações rebocadoras convencionais.

Vejam o artigo completo no seguinte endereço:
http://www.envolverde.com.br/materia.php?cod=69221&edt=56

Caros amigos, o assunto é grave e merece uma reação do nosso governo. Afinal, se estão levando de graça um bem que pertence ao povo brasileiro e, na hipótese de não ser possível coibir esta ação, que paguem por ela! Sugiro a criação de um fundo para gerir os recursos auferidos, sendo que os mesmos deverão ser aplicados integralmente na proteção da nossa biodiversidade. Pimenta neles!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Confraria no Retiro Velho




Voltamos a falar do Retiro Velho, porque vários integrantes da Confraria lá estiveram, durante os dias de carnaval: Pereira da Viola e família, Bilora e família, Wilson Dias e família, Carlos Farias e família, Aírton Prates e família, André Siqueira e família. Todos são cantores e instrumentistas conhecidos em Minas Gerais. Além das caminhadas, banhos de cachoeira, cavalgadas...muita prosa e cantoria. Os anfitriões, Guilherme e Ana, sempre acolhedores. O próximo encontro já está marcado para o dia 3 de junho, quando haverá a tradicional "reza do Retiro Velho". Focalizaremos esse evento em breve.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

COZINHA DA VIOLA






O sítio Retiro Velho, no município de Resende Costa - MG, tornou-se o recanto predileto de vários integrantes da Confraria da Pimenta. À beleza natural do Campo das Vertentes juntou-se o carinho e o acolhimento dos anfitriões, Guilherme e Ana Novais, que não medem esforços para receber os inúmeros amigos. A cozinha do belo casarão colonial, com seu fogão a lenha, é o espaço preferido para os cantores, poetas, violeiros e seus familiares, a cada feriado. Agora mesmo, durante o carnaval, parte da Confraria estará reunida em volta do fogo, para uma boa prosa, violada e cantoria, sem esquecer as deliciosas pimentas, bem cultivadas na horta, aos fundos.

O encontro de artistas como Pereira da Viola, Rubinho do Vale, Carlos Farias, Joacir Ornelas, Tau Brasil, Déa Trancoso, Frajolla, Mariola, Gonzaga Medeiros, Tadeu Martins, Wilson Dias, Carlinhos Ferreira, Gustavo Guimarães, Bilora, Lavadeiras de Almenara, André Siqueira,Aírton Prates, Marcelo Oliveira, João Evangelista Rodrigues e outros resultou na criação da COZINHA DA VIOLA, um movimento sóciocultural, de caráter beneficente, que se propõe a realizar apresentações artísticas gratuitas em favor de instituições carentes, na região. Solidariedade é a palavra que define o movimento. A coordenação ficou por conta de Guilherme Novais, amigo de todas as horas.

É maravilhoso acordar com o canto das siriemas, caminhar pelas imediações, tomar banho na Cachoeira dos Pintos, visitar a Venda do Roberto...
As muitas idas ao sítio resultaram em poemas e canções como RETIRO VELHO, composta por Carlos Farias, Tau Brasil e Wilson Dias. Eis a letra:

Retiro Velho, meu recanto predileto
Espaço aberto onde a luz se manifesta,
Guarda em teu seio o calor da amizade
Quando chega o fim de tarde
Cada encontro é uma festa.

No mês de maio, tem quermesse, tem folia
Os devotos de Maria se reunem em oração,
São Benedito, São Gonçalo, São Francisco
Ó que dia tão bonito!
Viva São Sebastião.

Retiro Velho, cada amanhecer é lindo,
No cantar da siriema, gargalhada de menino,
Teu fogo aceso alimenta a cantoria,
Muita prosa e poesia
Salve o dia que vem vindo!

No mês de maio...

CUIDE BEM DO SEU AMOR - Herbert Viana


Cirurgia de lipoaspiração?

Pelo amor de Deus, eu não quero usar nada nem ninguém, nem falar do que não sei, nem procurar culpados, nem acusar ou apontar pessoas, mas ninguém está percebendo que toda essa busca insana pela estética ideal é muito menos lipo-as e muito mais piração? Uma coisa é saúde outra é obsessão.O mundo pirou, enlouqueceu.
Hoje, Deus é a auto-imagem. Religião é dieta. Fé, só na estética. Ritual é malhação.

Amor é cafona, sinceridade é careta, pudor é ridículo, sentimento é bobagem.Gordura é pecado mortal.Ruga é contravenção.Roubar pode, envelhecer não.Estria é caso de polícia.Celulite é falta de educação. Filho da puta bem sucedido é exemplo de sucesso.
A máxima moderna é uma só: pagando bem, que mal tem?

A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz, não pensa em mais nada além da imagem, imagem, imagem, imagem, estética, medidas, beleza. Nada mais importa. Não importam os sentimentos, não importa a cultura, a sabedoria, o relacionamento, a amizade, a ajuda, nada mais importa. Não importa o outro, o coletivo. Jovens não tem mais fé, nem idealismo, nem posição política. Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada. Ok, eu também quero me sentir bem, quero caber nas roupas, quero ficar legal, quero caminhar correr, viver muito, ter uma aparência legal mas... Uma sociedade de adolescentes anoréxicas e bulímicas, de jovens lipoaspirados, turbinados aos vinte anos não é natural. Não é, não pode ser.Que as pessoas discutam o assunto. Que alguém acorde. Que o mundo mude. Que eu me acalme. Que o amor sobreviva.

" Cuide bem do seu amor, seja ele quem for "

Ouça o depoimento de Herbert Viana neste link:

http://www.youtube.com/watch?v=LqqIaB9wAT8

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Visite a Reserva Pataxó da Jaqueira




Muita gente vai a Porto Seguro, visita os índios em Coroa Vermelha, mas desconhece uma autêntica aldeia indígena. A Reserva Pataxó da Jaqueira fica perto de Barramares (uma das famosas barracas, na Praia de Taperapuã), em meio a exuberante Mata Atlântica. Ela é uma extensão da Terra Indígena de Coroa Vermelha, e abriga várias famílias. Foi criada em 1998 com o intuito de resgatar e vivenciar a cultura pataxó, a partir de um projeto piloto de ecoturismo.A ASPECTUR (Associação Pataxó de Ecoturismo) é a instituição que faz a gestão da reserva.

Sem dúvida, a reserva é hoje o melhor local para se conhecer e vivênciar a cultura Pataxó.

Maiores informações pelo site www.pataxo.com ou pelo telefone:
(73) 3672-1058

Awere Tupan!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Por uma pedagogia viva da liberdade



ESTATUTO-MANIFESTO Por uma pedagogia viva da liberdade


Considerando os princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos, e os direitos inalienáveis dos cidadãos brasileiros, garantidos pela Constituição da Republica Federativa do Brasil de 1988, cria-se e se divulga o presente estatuto:
Fica decretado:

Art. 1º Que a vida seja um dom natural e a arte de viver, uma conquista permanente e inegociável Que todas as crianças, jovens e adolescentes, todos os alunos, de todos os níveis de ensino, tenham direito à liberdade de expressão, de manifestar seus pensamentos, seus desejos, suas angústias, suas tristezas e alegrias diante da vida, da realidade de seu país e de sua escola.

Art.2º Que o sol e a chuva, o vento e as estrelas, as geleiras e os mares e rios e as floretas pertençam a todos os homens da Terra. Que todos os alunos sejam sujeitos e cidadãos do mundo, e que a todos os seus direitos correspondam deveres, em um processo mútuo de participação responsável, crítica e transformadora, pela construção do conhecimento e defesa do patrimônio físico, espiritual e intelectual e da memória da escola em que estudam, da sociedade onde atuam e do País onde vivem.

Art.3º Que o sonho não acabou e a história do mundo continua a ser escrita. Que mesmo em tempos de globalização, do advento de novas tecnologias e de um neoliberalismo, temporariamente triunfante, e de crise dos paradigmas científicos, éticos e estéticos, todos os estudantes tenham direito de pensar o mundo, de nele intervir e de sonhar com um futuro melhor para a humanidade.

Art.4º Que o Universo seja a casa do saber. Que a escola deva ser um espaço confortável e agradável, propício à construção coletiva da liberdade e do conhecimento, através de uma convivência respeitável e de trocas sinceras e justas entre seus atores – alunos, professores, gestores e funcionários - e dos diversos saberes e sabores que nela florescem.

Art.5º Que a palavra luz habite o mundo e mova a vida.Que a sala de aula não se restrinja a um quadrilátero rígido e árido, mas se expanda mundo afora, para, generosamente, dar e receber, de maneira democrática e plural, superando a distância entre teoria e prática, as diversas formas de conhecimento, de arte e de cultura existentes no vasto e inesgotável campo do universo.

Art. 6º Que a escuridão prometa fantasmas e ao mesmo tempo realce mais o brilho das constelações. Que a palavra educação não floresça no quintal do medo. Não possa introjetar em seu coração, sob qualquer pretexto, as causas do medo, isto é, o próprio medo, protagonista de modelos pedagógicos técno-burocráticos, em detrimento de uma visão educativa ampla e integradora, humana , viva e libertária.

Art.7º Que o homem seja o artífice do mundo em que vive. Que a arte e a cultura, a poesia e o prazer devam fazer parte do cotidiano das escolas, da mesma forma que o ar que respiramos, a água que bebemos e as linguagens através das quais nos comunicamos.

Art.8º Que o mundo da linguagem seja a plumagem, a razão e o vôo dos pássaros. Que todos os alunos tenham acesso à informação, ao conhecimento, à leitura, à arte e ao diálogo franco, em um ambiente lúdico, constituindo-se como sujeitos e agentes do processo de ensino-aprendizagem, em um mundo ameaçado pelo individualismo, pela violência, pela falta de ética na política, pelo desequilíbrio de poder no campo econômico-financeiro e geopolítico, pela destruição do Planeta pelo homem e pelo aquecimento global;

Art.9º Que a canção da vida seja composta em parceria e cantada por todos os seres de mãos dadas. Que a educação, em suas dimensões de ensino, pesquisa e extensão, não seja tratada como mercadoria, nem os alunos, como clientes ou objetos regidos pela lei de mercado. Que o ato educativo seja fator de construção da cidadania, de emancipação e autonomia dos estudantes, empenhados em se prepararem para a vida e para sua inserção no processo produtivo, cada vez mais exigente, dinâmico e competitivo, em escala mundial.

Art. 10º Que a vida valha pelo que conhecemos e amamos. Pelo que descobrimos e inventamos. Que o sol possa ser azul, ou vermelho, amarelo ou laranja, conforme seja a imaginação, o sentimento e a criatividade de quem o admira e o transfigura através dos meios de comunicação e de qualquer outra forma de expressão – como cinema, fotografia, literatura, xérox, teatro, música, Internet, grafite, desenho, charge, colagem ou pintura. Fica decretado que todos os seres da terra - animados ou inanimados, todos que andam, nadam, voam ou rastejam e mesmo a pedra inerte - todos sejamos irmãos e que tudo mereça respeito e proteção, de acordo com princípios e valores que norteiam a Ética do Cuidado. Todos habitamos a palavra Mundo, de todos e de qualquer mundo. Que todos sejamos mais serenos e sensatos, mais justos e sinceros, Que todos sejamos felizes.

João Evangelista Rodrigues
Jornalista, escritor e educador
Edméia Faria
Escritora e educadora

Arcos, agosto de 2007

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Dona Maria do Bode ganha Prêmio Culturas Populares 2009



O Ministério da Cultura, por meio da Secretaria da Identidade e Diversidade Cultural (SID/MinC), publicou, no dia 3 de fevereiro, no Diário Oficial da União (Seção 3 págs. 10 a 13), o Edital de Resultados nº 2, de 02 de fevereiro de 2010, com a lista dos selecionados no Concurso Público Prêmio Culturas Populares 2009 - Edição Mestra Dona Isabel. O Prêmio, que tem investimentos de cerca de R$ 2 milhões do MinC, contemplará, nesta edição, 195 representantes das culturas populares brasileiras, entres mestres e representantes de grupos/comunidades informais e formais.
O Prêmio Culturas Populares 2009 homenageia a artesã ceramista do Vale do Jequitinhonha Dona Isabel Mendes da Cunha, e teve 2.833 iniciativas inscritas, 2.308 das quais foram habilitadas. As iniciativas vieram de todo o país, sendo assim distribuídas: 51% da região Nordeste, 30% do Sudeste, 8% do Sul, 7% do Norte e 4% do Centro-Oeste. Em relação à categoria, 1.159 projetos foram de mestres; 872 de integrantes de grupos/comunidades informais e 277 de integrantes de grupos/comunidades formais.

Os 195 prêmios, de R$ 10 mil cada, foram distribuídos entre 60 mestres e 135 integrantes de grupos/comunidades formais e informais. Entre os agraciados está Dona Maria Simplício, a conhecida foliã "Maria do Bode", residente na cidade de Almenara - MG, no Vale do Jequitinhonha. Ela é fundadora e coordenadora do Grupo Cultural Senhor Santos Reis, formado por seus filhos, netos, bisnetos e tataranetos. Há mais de cinquenta anos ela e os seus foliões saem pelas ruas da cidade com o "boi-de-janeiro" e a folia-de-reis, contribuindo para a preservação e divulgação das tradições culturais da região. Homenagem mais do que merecida. Ela é uma verdadeira "pimenta" no caldeirão cultural do Jequitinhonha. Parabéns D. Maria!

VÍDEO SOBRE PIMENTAS - assista agora

Pimentas: quanto mais quente melhor. Elas melhoram a digestão e protegem contra alguns tipos de câncer. E ainda fazem seu corpo queimar gordura e reduz o colesterol.

Assista o vídeo exibido na Globo, mostrando os benefícios da pimenta. Procure também no youtube. Eis o endereço:

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM973846-7823-PIMENTA+EMAGRECE+E+REDUZ+COLESTEROL,00.html

O nome dela é CAPSAICINA

As pimentas e os pimentões pertencem à família Solanaceae e ao gênero Capsicum. São cultivada principalmente nos estados de MG, BA e GO. Consumidas no Brasil, principalmente na forma de conserva de fruto inteiro em vinagre ou azeite. A pungência ou picância das pimentas deve-se a presença da capsaicina. A substância química que dá à pimenta o seu caráter ardido é exatamente esta que possui as propriedades benéficas à saúde. A capsaicina têm propriedades medicinais comprovadas, atua como cicatrizante de feridas, antioxidante, dissolução de coágulos sanguíneos previne a arteriosclerose, controla o colesterol, evita hemorragias, aumenta a resistência física. Além disso, influencia a liberação de endorfinas, causando uma sensação de bem-estar muito agradável, na elevação do humor.

Referências
OLIVEIRA, Alexandre Borges et alli. Capsicum: pimentas e pimentões no Brasil. Brasília:
EMBRAPA, 2000. 113p.

CAPSAICINA virou letra de música composta por Carlos Farias:

Essa menina é
capsaicina
essa menina é
uma pimenta malina
Essa menina é
capsaicina
é tão gostosa essa menina
ela não larga o meu pé.


tem fogo nos lábios
tem fogo nas veias
tem fogo nos olhos
na bochecha também ...
se toca em meu corpo
eu caio na teia
sou dela, confesso,
sou de mais ninguém.

Essa menina é
capsaicina
essa menina é
uma pimenta malina
Essa menina é
capsaicina
é tão bonita essa menina
eu faço o que ela quiser.


Pimenta malagueta com baião de dois
lhe deixa satisfeita pronta pra depois.

Comer pimenta é bom


"...essa menina é
capsaicina
essa menina é
uma pimenta malina..." - Carlos Farias

BENEFÍCIOS À SAÚDE:
A pimenta faz bem à saúde e seu consumo é essencial para quem tem enxaqueca. A substância química que dá à pimenta o seu caráter ardido é exatamente aquela que possui as propriedades benéficas à saúde. Elas provocam a liberação de endorfinas - verdadeiras morfinas internas, analgésicos naturais extremamente potentes que o nosso cérebro fabrica! E quanto mais endorfina, menos dor e menos enxaqueca. E tem mais: as substâncias picantes das pimentas melhoram a digestão, estimulando as secreções do estômago. Possuem efeito antiflatulência. Estimulam a circulação no estômago, favorecendo a cicatrização de feridas (úlceras), desde que, é claro, outras medidas alimentares e de estilo de vida sejam aplicadas conjuntamente. Existem estudos que demonstram que a pimenta é um potente antioxidante (antienvelhecimento) e antiinflamatório. A pimenta possui até propriedades anticâncer. [texto: Dr. Alexandre Feldman]
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Pimenta"

Pimenta no fiofó é refresco



Bem mais do que divulgar e saborear as maravilhosas pimentas, o objetivo deste blog é reunir pessoas interessadas em compartilhar experiências, opiniões, fatos, notícias e artigos no campo das artes, cultura, meio ambiente, educação... Enfim, tudo que seja relevante e possa contribuir para a harmonia entre os habitantes desse planeta chamado Terra.

A idéia dessa confraria surgiu em janeiro de 2009 na Chácara Paraíso, em Guarapari – ES. Ali, durante três dias, vários amigos celebraram a chegada do ano novo ao som da viola de Wilson Dias, dos violões do Carlos Farias, Tau Brasil, Herón Miranda, Augusto, Wallace Gomes e Pedro Henrique. Muita cantoria, prosa, poesia, causos, comidinhas gostosas, malaguetas e outras pimentas.Os encontros se sucederam ao longo do ano no RetiroVelho, espaço aberto em Resende Costa – MG, onde os confrades Guilherme e Ana recebem carinhosamente os integrantes da confraria, que não para de crescer. Já temos seguidores em Almenara, Belo Horizonte, Boa Vista, Brasília, Curitiba, Januária, João Pessoa, Lisboa, Machacalís, Montes Claros, Niterói, Paris, Porto Seguro, Rio de Janeiro, São Paulo, Teófilo Otoni, Vitória...e até em Zaragoza, na Espanha. Não possuímos estatuto escrito. Apenas ficou estabelecido que “pimenta no fiofó é refresco”, desde que ela proporcione amizade, companheirismo, ternura e respeito entre as pessoas. Junte-se a nós!

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PIMENTA NO FIOFÓ - letra e música de Carlos Farias - está virando hino da Confraria.

Pimenta no fiofó é refresco!
já diziam minha avó,
meu pai e Dona Crisó

Para viver mais feliz não tem preço
amizade, amor e paz,
pimenta me satisfaz

Contra depressão
Falta de apetite
Pouco dinheiro
Sinta muito mais tesão
Coma malagueta o ano inteiro.

Todo dia nessa confraria
eu vou convidar meu bem,
uma morena cheia de poesia
pra poder comer também.

ai, ui, ui, ai, ai, ui...
chora meu bem!..
Ui, ai, ai, ui, ui, ai...
choro também!